Escalei as pedras do canal e me senti naquela última rocha, lá no limite da terra com o marzão. Ele, o mar, ao contrário da primeira vez, não me atacou com suas ondas. De novo, eu e o mar ficamos frente a frente, olho no olho. Caneta e papel escrevi sobre um outro segredo que pescaria dentro de mim. Existe um outro mar imenso como o que vemos no horizonte, mas esse se encontra dentro de mim e é tão turbulento quanto o original. Nele se encontra uma mistura enorme de emoções, sentimentos e lembranças. Esse, vive tendo grandes correntezas, furacões, ondas gigantescas que acabam fazendo uma mistura maior ainda. Mas por outro lado, essas ondas também levam alguns sentimentos que me angustiavam e tudo fica mais tranquilo, tendo pequenas ondas, algumas vezes fazendo parecer não ter onda alguma ali.
Mas as correntezas e os furacões voltam, as vezes parecendo até piores do que antes. E assim vai ser até o final da vida, com turbulências e mais turbulências. Por mais cansativo que seja, no final tudo isso é preciso para crescer e amadurecer. Cada uma das inúmeras turbulências que ocorrem, trazem consigo novos aprendizados, um olhar diferente para as coisas e uma nova razão para a vida.
0 comentários:
Postar um comentário